domingo, 16 de novembro de 2008

A nossa escola ideal

A nossa escola ideal

A nossa escola ideal deve ser uma escola que proporcione a todas as crianças o acesso às mais diferentes formas de cultura. Que alfabetize decentemente a criança para que ela se torne um cidadão participante. A escola ideal, pura e simplesmente, seria aquela que despertasse a curiosidade absoluta da criança, proporcionasse todas as experiências possíveis do conhecimento e discutisse francamente com seus alunos valores.
De acordo com Emília Ferreiro, a nossa escola ideal deveria proporcionar as crianças
um ambiente bastante revolucionário em termos de prática pedagógica.
Então, partimos do princípio de que todo o aprendizado que tínhamos sobre Emília, as crianças deveriam resolver entre elas. Era importante que tivessem liberdade para experimentar a leitura e a escrita da maneira delas, como realmente pensavam e, o que é fundamental, discutir o que estavam aprendendo entre elas também. Isso tornou o ambiente alfabetizador bastante divertido, em que a criança é completamente livre para conhecer.
A criança que não tem acesso a jornais, revistas, livros etc. em casa, deve poder recorrer a eles em sala de aula. O professor dessa criança deve criar um ambiente com muitas ferramentas do interesse dos alunos. Se for futebol, ela deve trazer tudo relacionado a esse termo. Se música, idem, e assim por diante.
Quanto a aprendizagem da leitura e da escrita, sempre em função de uma produção social. Ninguém aprende a ler só para decifrar fonemas, mas também para produzir alguma coisa que fará sentido para ela. Uma criança que está fazendo um livro da sua turma, por exemplo, está aprendendo a ler por meio de um recurso que tem um sentido para ela.
Para alfabetizar é preciso que, o alfabetizador, hoje, tem de reconhecer que a criançada traz para a sala de aula um conhecimento prévio. A partir daí, ele deve ter a obrigação de propor a essa criança, toda a experiência de conhecimento possível.

http://www.geocities.com/Athens/Delphi/8488/entrevista6.html

sábado, 15 de novembro de 2008

Projeto Fora de Série



A Escola Municipal Professora Maria Aparecida de Luca Moore, localizada no município de Limeira, com o projeto de alfabetizar mais, monta classes com alunos de idades diferentes.
Eles aboliram as divisões por séries, os alunos foram reagrupados par habilidades e conhecimentos, o critério foi o desempenho na prova de português, assim quarenta turmas foram formadas, todas com nomes de flores, com trinta e cinco alunos em cada uma delas.
Eles não precisam ter a mesma idade, crianças com dificuldades similares ficam no mesmo grupo, e isso e usado em todas as matérias eles aprendem conforme suas necessidades, os alunos vão mudando de sala conforme seus rendimentos, não ficam o ano inteiro em uma sala só, e uns ajudam os outros.
O projeto pretende que em quatro anos todos consigam chegar ao mesmo nível de conhecimento, ainda que tenham trilhados caminhos diferentes. Afirma a professora Ana Mendes.
No começo, os professores acharam o projeto arriscado, mas isso mudou quando viram os resultados, eles tiveram que ter seus próprios materiais didáticos, trabalharam em equipe e se reuniam para estudarem a evolução dos alunos.
Em seis anos, a alfabetização no fim do ciclo básico subiu de 40% para 95.
Com esse projeto, eles receberam um Premio da Fundação Lemann, Referencia de
Educação..





http://revistaepoca.globo.com/revista/epoca/1,,edg76109-6014,00.html
06/06/2008 edição 451

terça-feira, 11 de novembro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A NOSSA ESCOLA IDEAL

A ESCOLA IDEAL É AQUELA QUE RECEBE O ALUNO E O ACOMPANHA EM TODO O SEU DESENVOLVIMENTO, MEDIANDO AS AÇÕES E AJUDANDO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A escola dos sonhos...

Pesquisando sobre o assunto, encontramos um texto feito por repórteres-mirins que explicam como deveria ser a escola ideal pela visão de uma criança.

A escola dos sonhos...
Texto: Alysson, Gabriela, Isabela, João, Larissa Carolina, Larissa Soares, Luara, Rafael, Wagner e Taywan*



Numa coisa a gente concorda de cara: é bem mais fácil dizer o que ela não deveria ser. A escola que a gente não gosta tem regras que existem apenas para manter uma ordem que alguém inventou e nem sabe o porquê... Tem lousa cheia de letras copiadas sem a gente saber se vão mesmo ser úteis... Tem uma rotina que acaba com a gente... Por que é que toda aula precisa acontecer em sala? E se a gente fosse aprender poesia num jardim?!? A escola que a gente não gosta tem alunos curiosos perdidos no meio da multidão e das normas, com perguntas sem respostas e respostas para coisas que não interessam para a gente. Ah, e tem um montão de nãos! - Não pode ir à quadra. - Não pode ir à biblioteca no horário da aula! - Não pode ir ao banheiro na hora que dá na telha! Definitivamente, esta não é a escola que a gente deseja. Cada vez que proíbem alguma coisa, menos prazer a gente tem em estudar.
Os nossos sonhos vão para outro tipo de lugar. A gente quer uma escola mais livre, menos ditadora, onde a gente possa aprender curtindo ... Um lugar para onde a gente tenha vontade de ir e ficar, não só para bater papo com os colegas, mas para descobrir coisas que a gente nunca viu...
Nos sonhos da gente a escola tem computador disponível, que pode ser usado sem burocracia para fazer trabalhos e pesquisas e, então, aprender mais. Em algumas até tem, mas em muitas escolas o computador e a Internet ainda são sonhos. A escola deveria ter professores e funcionários apaixonados e competentes que respeitem os alunos e seus direitos... Mas, nessa escola só deveria entrar quem realmente quer estudar.
O problema é que do jeito que está sabe qual é a escola dos sonhos? Aquela onde a gente entra mais tarde e sai mais cedo. Sabe por quê? Porque é tudo muito chato. Ninguém agüenta professor que entra bravo, enche a lousa e mal explica a matéria... O pior é que a gente até sabe que eles ficam assim porque ganham mal e são desrespeitados por colegas da gente... Mas não dá para continuar assim... Além disso, ninguém diz por que a gente tem que aprender tantas regras, tantas equações...
A escola tem que dar mais voz e liberdade aos alunos... A gente admite que tem uma galera mal-educada, que não respeita ninguém. Na escola dos sonhos, a gente também obedece os professores e tem mais educação com todos.
Para terminar, a escola dos sonhos tem cores bonitas e a colaboração dos alunos que costumam pichar paredes. Para dizer a verdade, as cores da escola são as mesmas dos nossos sonhos: todas elas. As cores das diferenças raciais, as cores da alegria perdida por muitos de nossos amigos que já se foram; o verde da esperança, o branco da paz, o colorido da vida, o grafite do rap, o azul infinito das possíveis viagens que a gente pode fazer no universo da literatura, do teatro e de tudo o que envolve a escola ideal.

Este texto é resultado de um exercício coletivo, elaborado durante a 11a. aula da oficina de leitura e escrita do Serviço de Educação e Recreação do Centrinho/USP. Os mesmos pacientes compõem o corpo editorial de um jornal Oficina do hospital em fase piloto. Eles são repórteres-mirins: Alysson A. C. de Paula (10 anos) , Gabriela Viana (15 anos), Isabela de Paula (9 anos), João Carlos Julião (15 anos), Larissa Carolina Madureira (9 anos), Larissa Soares da Silva (16 anos), Luara Sobral (15 anos), Rafael Flores de Freitas (14 anos), Wagner Paulo Silva (16 anos) e Taywan P. Santos (15 anos).Com a máxima “informação: um remédio sem contra-indicação”, esta coluna é feita para adolescentes e trata de temas como Educação, Prevenção e Promoção da Saúde. Sugestões: nane@centrinho.usp.br

http://www.centrinho.usp.br/emfoco/file/foco_35/contra_ind.html acessado em 12/10 às 22h